ANOTAÇÕES:
- Importância de contemplar a vida humana preciosa e a impermanência
- As pessoas em geral veem a morte de outras ao seu redor mas acham que nunca vão morrer...
. Morte repentina por acidente - consciência sai rápido
. Morte por velhice, natural, corpo deixado sozinho - consciência permanece alguns dias (no Tibete é tradicional deixar o corpo sem ser tocado por três dias)
- Prática de Poa: importante para o Brasil - já que aqui não se pode ficar sem tocar o corpo por três dias - por lei. Com Poa, a consciência sai e o corpo não importa mais depois... Pode ser tocado, enterrado, cremado etc. Pode-se pedir para doar os órgãos (muito auspicioso ajudar outros a seguir vivo) só depois de alguém fazer Poa para o falecido.
- O que podemos fazer com mortos, para ajudar a consciência a sair pelo alto da cabeça (chacra da coroa), que é mais auspicioso: dar batidinhas ou tocar alto da cabeça (qualquer pessoa pode fazer, não precisa ser Lama)
- Após a morte: há um estado de calor no chacra central no peito, sem mais raiva (que vem do pai, luminosidade branca que desce pelos canais da cabeça para o peito) nem apego (que vem da mãe, luminosidade vermelha que sobe do ventre para o peito). Nesse estado intermediário, o corpo fica aquecido no peito, sem decomposição. Chagdud Tulku Rinpoche ficou assim por 5 dias e meio após a última respiração. Paramahansa Yogananda ficou 20 dias.
- Meditação. É cultivo de abertura para a vacuidade, Darmakaia. É preciso paciência. Com adversidade, inimigos e medo da vacuidade. Somos viciados em movimento, fazer algo. O estado de abertura total pode dar medo...
- Sem familiaridade com meditação, após a morte aparecem logo luzes, movimento e deidades (estado não dual de projeção da própria mente). Para não praticantes, quase não dá tempo de perceber o Darmakaia, que é insuportável. A mente se move e Darmakaia e depois Sambogakaia se fecham e surge logo o bardo do vir a ser.
- "Fantasmas" - Seres do bardo, com a tendência humana a voltar pra casa. Todos temos esse apego a estabilidade. Até moradores de rua delimitam seus espaços, criam limites e hábitos. Por causa dessa estabilidade do lar, após a morte muitos voltam para casa e ficam sem poder se comunicar com os vivos, presentes mas sem poder se comunicar ou interagir com nada "sólido". Praticar o Sur ajuda esses seres que não conseguem se alimentar de sólidos, mas sentir aromas. Além disso, dedicar méritos de qualquer prática também ajuda estes seres. Ou oferendas de lamparinas. Não é bom chorar assim que alguém morre. Só traz mais confusão para ele. É ótimo lembrar de falar pro falecido se lembrar de seu refúgio espiritual. Recomendado não tocar nos pertences do morto por 21 dias. Pode irritar se houver apego ainda. Melhor praticar o que estiver mais habituado, pois essa prática tem mais conexão, mais afinidade, logo será mais poderosa. E dedicação de mérito pro falecido.
- É o anseio por estabilidade que leva a renascer. Importante lembrar de pensar em Guru Rinpoche, Amitaba, Chagdud... Depois da morte, onde a mente pensa a mente vai, muita instabilidade... Daí a necessidade do reflexo rápido de tomar refúgio em situação difícil, treinar durante a vida. Vai ser assim na morte. Treinamento!!!! Rezar sempre que aparecer uma crise, confusão, briga, negatividade!!! Quanto mais instantâneo, melhor. Treinar em vida!!!
- Contemplação da impermanência e morte senão: vida sem sentido.
- Acumulação de negatividade a vida toda deixa a morte mais difícil. É preciso purificar todas as emoções negativas, coisas não resolvidas etc.
- No momento da morte: Ver o positivo, oferecer tudo que perderemos. Posses, Inteligência etc. Fazer cartas agradecendo. Dedicar mentalmente. Fazer testamento. Deixar tudo resolvido...
- Sugestão de um Rinpoche: criar caixa com tudo: Testamento, cartas, quem avisar para rezar e fazer práticas, quais pessoas avisar e práticas etc. E avisar todos onde guarda a caixa, antes do processo de morte, para ser encontrada e aberta.
- Livro recomendado: Peaceful Death, Joyful Rebirth
P.S.: Outro livro que aprofunda o tema e eu já li e recomendo: O livro tibetano do viver e do morrer
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